Novo Normal: Eventos para terem Sentido

Novo Normal: Eventos para terem Sentido - Os eventos digitais se tornam cada vez mais parte do cotidiano e quais são os desafios para impactar cada vez mais?

Novo Normal: Eventos para terem Sentido

Os eventos digitais se tornam cada vez mais parte do cotidiano e quais são os desafios para impactar cada vez mais?

Por Patricia Santana | 23 Fev 2021

A pandemia do coronavírus mexeu com o mundo todo, principalmente com os eventos que nunca mais serão como antes!


A primeira movimentação com o início da quarentena foi o adiamento de TODOS os eventos previstos para Março/2020. Muitos foram adiados para o segundo semestre de 2021, pois imaginava-se que essa paralisação duraria apenas algumas semanas, mas com os desdobramentos do cenário pandêmico logo o mercado percebeu que não seria possível realizar eventos nesse ano, então em seguida muitos eventos foram realmente cancelados.
Por outro lado os segmentos que perceberam que não poderiam parar naquele momento começaram a DIGITALIZAR seus eventos. A largada foi dada primeiro pelo segmento de entretenimento: de lives caseiras de cantores e bandas a shows acontecendo dentro da games. Logo na sequencia vieram os eventos corporativos através de plataformas como o YouTube e Zoom, eventos esses que eram gratuitos e abertos pois serviriam como grandes testes. Testamos as plataformas, os formatos, os streamings, o público e os profissionais que foram se adaptando e reaprendendo a fazer eventos já com a mão na massa.
Após mais alguns meses os eventos digitais foram evoluindo e todos nós organizadores e produtores passamos a entender que esse era um movimento não mais temporário e sim tudo o que tínhamos de previsão para o futuro já estava acontecendo diante dos nossos olhos e em rápida velocidade. Então começamos a olhar mais para o comportamento da audiência e pensar maneiras de como mantê-la conectada e mais do que isso: engajada.


Os nossos desafios agora são outros!
Se antes era desafiador trazer pessoas para eventos presenciais, no mundo digital é fácil trazê-las, mas muito difícil mantê-las engajadas enquanto disputamos sua atenção por uma aba!
Percebemos que não podíamos mais pensar em roteiros de eventos de 8h.. 10h... em um dia!
Então, mudamos a estratégia: eventos curtos, intensos, conteúdo realmente BOM, entregue de maneira inteligente!


Precisamos ir além, a neurociência tem sido nossa grande aliada nesse processo! Através dela fomos aprendendo que o conhecimento se dá pela experiência e experiência BOA é aquela que explora todos os sentidos humanos.


E essa foi a melhor sacada que encontrei até agora.
Os eventos precisam mais do que nunca ser SENTIDOS!


E como mexer com os sentidos de pessoas que estão em frente a computadores horas a fio dentro de suas casas?


Aqui é que a criatividade entrou em jogo!
Temos hoje à disposição: Realidade Aumentada, Realidade Virtual, Games, Grandes plataformas interativas e uma infinidade de coisas super tecnológicas.
Porém, primeiro que, são recursos que não estão ao alcance de todas as empresas. E segundo, esses recursos farão diferença quando bem inseridos em um roteiro, e esse sim é que precisa ser bem pensado, considerando os interesses e características da audiência e objetivos a serem alcançados com o evento.
Se faz necessário entender profundamente a persona do evento e construir a jornada desse participante onde cada passo é pensado na melhor experiência possível.


Na prática isso se aplica como?


Primeiro desenhando a persona do evento (persona é um termo oriundo do marketing que significa o “cliente ideal”, ou seja, a pessoa com quem você quer conversar), conhecendo a persona o organizador definirá o tipo de conteúdo, formato de apresentação, tempo de duração, dinâmicas e gamificações que podem ser inseridas e é importante ter em mente sempre os sentidos que serão impactados. Por exemplo, para os eventos digitais, quando viável, é interessante enviar um home kit para cada participante, que pode conter um brinde personalizado que será utilizado por todos gerando um sentimento de pertencimento e exclusividade ao mesmo tempo, voucher de alimentação ou snacks que mexem com o paladar, itens DIY para serem utilizados em alguma atividade em grupo. Enfim, abusando da criatividade e mantendo o foco nos objetivos a serem alcançados é possível garantir o engajamento e interesse das pessoas durante todo o evento.


Por fim, toda essa bagagem que ganhamos na pandemia nos acompanhará pelos próximos anos.
Quando pudermos realizar eventos presenciais, eles precisarão ser cada vez mais impactantes e experenciais (sempre conectados ao conteúdo) para serem atrativos para o público.


E cabe a nós produtores e organizadores continuarmos nos especializando para estarmos sempre preparados e um passo à frente com as novidades que estão borbulhando por ai.
Em anos de eventos eu nunca vi o nosso papel de organizadores e produtores ser tão IMPORTANTE!


Vem aí uma nova geração de eventos, estejamos prontos e conte coma Wemake!

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